Mpemba - O Pó Sagrado


Mpemba (Pemba) plural de Luoémba que significa giz, barro, terra branca elemento retirado das partes mais profundas de um rio na região Mayombe no Kongo . O Nganga (Sacerdote) que manipula esse elemento prepara a Mpemba (Pemba) como um giz ou pó assim tendo funções diversas. O Yena ye Menga (o sangue é esbranquiçado) o termo usado pelos Nganga (Sacerdote) para Mpemba (Pemba)tido como energético natural, no qual purifica, divorcia a doença do corpo humano é aquilo que indica o sinal de santidade e de invocação do Nkisi.No nascimento de uma criança na aldeia o Nganga (Sacerdote) faz o Wenda Mpolo um remédio feito da argila branca, ali se faz um pacto com através do Yiobila giz que marca o corpo da criança para que ela tenha vida plena.

No Candomblé de Angola 

A Mpemba(Pemba) é usada como pó para purificar o local isso ocorre porque anteriormente quando se canta para Mpambu Nzila se abre o portal que liga o mundo espiritual(kunseke) e o material(Kumpemba),ocorrendo a transição de espíritos entre nesse mundo e outro seja espíritos ruins ou bons .Sua função é proteção dos adeptos ,um amuleto espiritual onde através do ar o pó adentra o corpo purificando internamente ,externamente o sacerdote marca na testa do muzenza marcando o corpo com a proteção do pó divino contra os espíritos maléficos, doenças e mal presságios que rodam aquele muzenza.

Na Umbanda 

A Mpemba (Pemba) sempre foi usado na umbanda uma herança bantu que se adaptou do seu culto original, o giz branco é usado indicação de santidade e da presença de um novo ancestral na aldeia o que conhecemos como Entidades. Os Caboclos e os Pretos velhos usam desse giz para benzimento e purificação, na graduação de um médium que antigamente era feito com os Caboclos se dava aquela nova entidade o giz no qual ele riscava o chão e ali cantava seu ponto e dizia quem ele era, com muito modernismo dentro da umbanda esses tipos de costume que são de origem de matriz africana estão se tornando cada vez mais raros essas práticas dentro de um terreiro umbandista.

Texto: Glauber Willians e Leonardo Luis
Ilustração:Isabela Do Lago
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